Compartilhando o livro: Com os olhos do coração 14 de janeiro de 2013

Li o livro “Com os olhos do coração” do autor José Carlos De Lucca e queria compartilhar com vocês.

Este livro trata dos segredos do bom relacionamento familiar, abordando assuntos tais como:

• Casamento
• Separação
• Filhos
• Ciúmes
• Os vícios e suas consequências
• Educação
• Entre outros

Pretendo destacar alguns pontos do livro e atiçar a você para realizar sua leitura por completo 🙂

Manter um casamento: para que você consiga amar seu parceiro (a) é necessário antes de tudo amar a si próprio. Não se ama outro sem amar a si mesmo. Assim, quanto mais nos dermos amor, quanto mais estivermos bem conosco, melhor será o relacionamento lar. E estar de bem com si próprio envolve auto respeitar-se: alimentar-se adequadamente, sem exageros; manter uma boa aparência; evitar ambientes que não fazem bem a nós como bares e discotecas.

Por que estamos juntos? Muitaz vezes nos perguntamos por que deixamos de admirar a pessoa com a qual casamos? E a resposta é que aquilo que mais nos irrita no comportamento alheio pode ser um espelho refletindo o que ainda carregamos por dentro e que necessita ser trabalhado. Portanto, experimente se colocar no lugar do seu parceiro(a). Ouça o que ele(a) tem a dizer. Reflita. O amor é uma conquista eterna; sendo assim, não nasce de um dia para o outro e deve ser regado sempre.

Conviver é preciso: Muitas vezes buscamos tanto o sucesso profissional, fazemos cursos para atender o que o mercado exige, para ter melhores salários e assim somos ausentes no lar. Ser uma pessoa presente no lar não se traduz apenas em proximidade física, já que podemos estar fisicamente próximo e emocionalmente distantes. De que valeria um médico excelente se sua família estiver na UTI? O sucesso profissional deve ser uma consequência do sucesso familiar.

Convivência entre pais e filhos: Muitas vezes como pais pensamos que dar coisas é o que fará nossos filhos felizes. Mas na verdade, o que os farão felizes é NOS darmos. Dedicar tempo a eles. Ouvir e interagir com eles. Conquistar sua confiança. Existem hoje diversos filhos órfãos de pais vivos. E é possível conciliar nosso tempo. Para isto, faça com que os minutos que temos para nos dedicar à eles sejam de tão boa qualidade que eles tenham a sensação de que passaram o dia inteiro juntos. Com lição de casa:

• Interesse-se por seu filho. Converse com ele.
• Participe das suas atividades na escola ou em outros meios que ele frequente
• Brinque com eles
• Vá ao cinema, conte estórias, brinquem na chuva … seja criativo

Conviver não é aprisionar: o ciúme aprisiona, o amor liberta, já diria o dito popular. Quando não há confiança entre os cônjuges, o amor parte em retirada. Existem momentos em que a privacidade deve ser respeitada. Ter momentos com os amigos e família sem a presenção do cônjuge é perfeitamente normal. A liberdade é o oxigênio do amor. As regras para a boa convivência baseam-se na fidelidade, atenção e respeito. Se elas não estiverem sendo aplicadas, não há a possibilidade de se amar, verdadeiramente. Não se esqueça da máxima de Jesus que é “Como quereis que os outros vos façam, fazei também a eles”. É o que basta para solucionarmos qualquer conflito dentro de casa.

Quanto tempo ainda teremos? Deixamos de demonstrar nosso amor para o outro, como se tivéssemos todo o tempo do mundo. A única certeza que temos é de que iremos morrer. Por que não fazemos hoje o que podemos deixar para amanhã? A vida é passageira e ainda mais é nosso grupo familiar. Não deixe a oportunidade de dizer “eu te amo” para qualquer pessoa do seu convívio, passar.

Separar ou não separar, eis a questão: desafios servem para serem superados. E eles surgem na aceitação, da convivência, do perdão, da compreensão, da tolerância, todos eles trabalhados no casamento. Quem mais é beneficiado quando estes desafios são superados é você mesmo. Comunicação e humildade é o segredo. Ouça seu parceiro(a). Aprenda a admirar seu cônjuge, ressaltando suas qualidade e minimizando seus defeitos.

Aceitação: aceitar-se trata-se de lidarmos com nosso orgulho. Por que alguém disse há séculos atrás que lugar de mulher é no fogão, não significa que é uma verdade. Aceite as coisas como elas efetivamente são e não como disseram que é. Felicidade não é ter quem você quer, e sim, querer quem você tem. E isto envolve compreensão. Não se mede o outro com a sua régua.

Comunicação: Chacrinha dizia, quem não se comunida se estrumbica. E é verdade. Não acuse ninguém, converse. Ouça com interesse o que o outro tem a dizer. Falar no momento da raiva ou agir sem pensar não é comunicar. É necessário identificar a hora em que vamos expor nossas opiniões. Invista sempre no diálogo, especialmente com o cônjuge e filhos. Busque a pacificação dos conflitos. Baixe as guardas (e isto não é ser covarde). Não é necessário concordar com tudo. Busque o consenso.Algumas dicas:

• Eleja frases construtivas
• Observe a entonação da voz
• Traga a situação para você, exemplo: Você é egoísta (melhor falar: Eu sinto que você me trata de forma injusta)
• Escreva. Se forma verbal ainda é difícil, escreva uma carta. É mais fácil expressar através da escrita

Elogie: ressaltar os aspectos positivos ajuda em nosso inconsiente. Dizer palavras como “você é especial em minha vida”, ou ainda, “obrigado por você se dedicar tanto a nossa família” e “você é linda” reforçam o amor e isto harmoniza nossa vida. Analise se tem mais criticado do que elogiado.

A arte de ouvir: Não há agressão emocional maior ao próximo do que nossa frieza e não estar diposto a ouvir. Isto é ferir de morte a relação familiar. Escutar não é ouvir. Ouvir é assimilar e refletir sobre o que o outro está dizendo. Ouvir com atenção mostra que a pessoa tem importância na sua vida. Se importar com aquilo. Para isto:

• Tenha interesse pela pessoa que fala
• Não interrompa (mesmo quando você sabe onde aquilo irá terminar)

A expressão corporal do amor: a sedução é necesária para o casal. É necessário conquistar o cônjuge todos os dias. Manter uma boa aparência, um bom sorriso, espirito alegre e otimista são aspectos fundamentais. Estes são aspectos que alimentam o amor.

Educar é preciso: na correria do dia a dia, damos pouca atenção a nossos filhos e queremos compensar isto com passeios, brinquedos e outros aspectos materiais. É importante aproveitar as experiências positivas de nossos pais para conosco, e reformular as que não deram bons resultados. Limte é importante. Já dizia Emmanuel: nem freio, nem excesso de liberdade. É necessário dar liberdade aos filhos mas estar próximo a eles para identificar quando esta liberdade é má utilizada e trazê-lo novamente ao eixo. Nosso direito termina onde começa o direito do outro. Esta noção deve ser passada e reforçada com nossos filhos.

Violência, desde um grito a um tapa, não é o caminho para a educação inteligente de nossos filhos. Comunicação é o caminho. Esteja próximo a ele. Seja amigo confidente dele. Conheça seus amigos e locais que ele frequenta. Os vícios e a sexualidade na juventude são preocupantes e a prevenção ainda é o melhor remédio.

Um bom ambiente doméstico é fundamental para a auto-estima da família. Assim, gritarias, discussões, sujeiras, fofocas, zombarias, etc. não devem praticados e isto começa com os pais. Filhos são reflexo dos exemplos dos pais.

Oração em família: mesmo que você não tenha uma religião, deve-se praticar a ação de agradecer por tudo o que acontece conosco. Somos produtos de tudo o que falamos, pensamos e agimos. A oração é forma de tornar o homem mais forte e estimular o bem-estar no lar. Assim, ao acordar, alimentar-se e ao se deitar, agradeça a Deus a tudo o que acontece conosco diariamente, seja positivo ou negativo. Que Ele nos dê força e calma para agir de forma correta. Crie um momento de reunião da família (uma vez por semana que seja, dia, local e hora para se reunirem) e façam uma prece.

Palavras chave: quer manter um casamento? educar filhos? conviver com familiares? libertar-se de vícios? então pratique as seguintes palavrinhas:

• calma
• flexibilidade
• compreensão
• amorosidade
• paciência
• humildade
• perdão

E para finalizar nossos comentários, uma pequena estória que parece bastante familiar:

Qualquer coincidência

Rodrigo e Márcia são casados há dez anos e ambos trabalham fora do lar. O casal tem um filho de oito anos, que estuda em período integral.

Rodrigo sai do trabalho e vai para o curso de pós-graduação. Márcia chega em casa às oito da noite e, embora exausta, prepara o jantar, lava a roupa, arruma a casa.

Quando Rodrigo, já bem tarde, chega da universidade, Márcia já está sonolenta e indisposta para qualquer tipo de diálogo. O filho, por falta de companhia, está dormindo desde as nove, cansado do videogame. Rodrigo devora a comida requentada e, com o corpo moído, se joga na cama para mais uma noite de sono ou talvez de pesadelo.

No fim de semana, ele vai ao futebol com os amigos e a espsa às compras do lar, e o desolado filho entregue aos cuidados da avó carente.

Depois da macarronada de domingo, Rodrigo se esparrama no sofá e consegue “apagar” mesmo diantes da reclamações do filho.

Márcia, sentindo-se solitária, passa o dia em frente da televisão, esperando que segunda-feira chegue logo para ter alguém para conversar.”. Familiar?